quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Construindo e demolindo mitos e heróis

Temos tendência a acreditar em mitos e heróis desde que sejam criados ou apoiados pela ditadura midiática oficial, que são algumas empresas formadas por pessoas gananciosas com fortes interesses empresariais.

O mais recente mito no qual acreditamos há pouco tempo foi: “primeiro tiramos a Dilma, depois tiramos o restante dos corruptos”. Hoje pouca gente se dá conta da falácia da afirmação porque o combate à corrupção saiu da pauta de quem a veiculava por não interessar mais. Em nome do combate à corrupção inexistente, saiu a Dilma sob alegação fabricada e fantasiosa de “pedalada fiscal” (justamente pela falta de argumentos que justificassem corrupção) e que no fim, depois do impedimento, não se revelou real (conforme perícia), entraram corruptos contumazes pouco afeitos a práticas democráticas e não saiu ninguém mais em nome deste combate à corrupção. Conforme disse um dos membros da quadrilha que se instalou no poder, o plano foi feito com a participação do Supremo Tribunal Federal. Hoje o que vemos são prescrições por falta de apreciação e arquivamento de processos de corrupção, mas a mídia não dá enfoque e nós não nos preocupamos mais com isso.

Para que o plano de retomada do poder pela elite dominante e pelo fim da democracia fosse possível, foram criados heróis. Joaquim Barbosa, que assumiu o poder por ser negro, etnia discriminada e relegada a posições subalternas, fez como Chica da Silva, figura histórica que se casou com um rico português, foi alforriada e passou a agir como “senhora de escravos”. Joaquim Barbosa foi eleito herói, cumpriu sua missão e teve a perspicácia de sair após cumprida a tarefa antes de ser completamente destruído.
Agora tivemos o Sérgio Moro, a serviço das empresas estrangeiras, treinado nos Estados Unidos, principal país interessado, desmontando a indústria nacional, facilitando a entrega do pré-sal e desmonte da indústria de construção pesada brasileira. Agiu ao arrepio da Lei e, amparado pelos seus superiores, o STF, que autorizou sua atuação, com apoio da mídia que tinha interesse em derrubar a democracia e estabelecer um regime de exceção agiu enquanto perseguia alguns partidos. Sua missão acabou e agora, está sendo defenestrado. Ao divulgar comportamentos pouco éticos e ilegais inicia-se um processo de desmonte do ex-herói até que elejam um outro em seu lugar.

Nós, pobres mortais, continuamos acreditando e vamos apoiar os planos de nossos ganaciosos algozes como gado obediente que somos.